Aqui, na BurnUp, acreditamos que a saúde mental deve ser para todos, independente de quem se ama. Contudo, apesar de termos evoluído como sociedade nas últimas décadas, a saúde mental LGBTQIAP+ no Brasil ainda enfrenta barreiras profundas.
Preconceito, exclusão, violência e falta de acolhimento continuam afetando de forma significativa o bem-estar emocional dessas pessoas. Embora os debates sobre diversidade tenham ganhado mais espaço nos últimos anos, os números mostram que ainda temos um longo caminho a percorrer.
Os dados mais recentes sobre saúde mental LGBTQIAP+ no Brasil
Quando falamos sobre a saúde mental de pessoas LGBTQIAP+ estamos lidando com questões como ansiedade, depressão, solidão, rejeição e até mesmo o autoextermínio. Nessa equação, ainda entra a questão da violência.
A seguir, reunimos os dados mais atuais sobre como a realidade social impacta a saúde mental da população LGBTQIAP+:

- A violência contra a população LBGTQIAP+ cresceu mais de 1.000% de 2014 a 2023. (Fonte: Atlas).
- 36% das pessoas LGBTQIAP+ dizem já ter sido discriminadas em serviços de saúde, o que dificulta o acesso ao cuidado com a saúde mental (Fonte: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, 2023).
- Pessoas LGBTQIAP+ têm quase 3 vezes mais chances de desenvolver transtornos como depressão e ansiedade do que a população heterossexual e cisgênera (Fonte: Unifesp).
- O Brasil lidera o ranking global de assassinatos de pessoas trans pelo 16º ano consecutivo (Fonte: Associação Nacional de Travestis e Transexuais).
- Jovens LGBTQIAP+ têm risco cinco vezes maior de tentativas de suicídio do que jovens heterossexuais (Fonte: The Trevor Project).
Esses dados mostram o impacto real da LGBTfobia na saúde emocional dessa população. E, diante disso, não basta dizer “acolher é importante”. É preciso garantir acesso, segurança e escuta real.
Preconceito e invisibilidade também adoece

Viver em constante alerta, com medo de expressar quem se é, se esconder de familiares ou ser rejeitado no trabalho, são fatores que aumentam o risco de transtornos mentais. O preconceito, quando se acumula ao longo dos anos, se torna um estressor crônico e pode levar a quadros graves de sofrimento psíquico, como burnout social, ansiedade generalizada, depressão e até ideação suicida.
Além disso, a exclusão em ambientes como escola, igreja, família e trabalho prejudica o desenvolvimento da autoestima e das relações saudáveis, pilares fundamentais para a saúde mental.
Como apoiar a saúde mental da população LGBTQIAP+?
Ainda que políticas públicas sejam fundamentais, existem atitudes individuais e institucionais que podem fazer a diferença:

- Apoie espaços seguros e profissionais inclusivos: na BurnUp, acreditamos que saúde mental deve ser acessível, respeitosa e acolhedora para todas as pessoas. Nossa plataforma conta com profissionais preparados para atender com empatia e zero julgamento.
- Pratique a escuta ativa e sem suposições: nunca presuma a identidade de alguém. Pergunte o nome e os pronomes corretos e respeite sempre.
- Se informe sobre o tema: a informação é uma aliada poderosa contra o preconceito. Consumir conteúdos educativos e ouvir vivências LGBTQIAP+ ajuda a combater estigmas.
- Combata piadas, estereótipos e violências: pequenas atitudes, como não rir de comentários homofóbicos ou corrigir colegas, ajudam a construir ambientes mais saudáveis.
Dica: o nosso post “Como ajudar um amigo com depressão” pode ser um apoio inicial necessário para você compreender e estar ao lado de quem precisa.
Acolher é cuidar da saúde mental

Ninguém deve precisar esconder quem é para se sentir seguro. E, para quem é LGBTQIAP+, o direito à saúde mental também é o direito de existir com dignidade.
Se você faz parte dessa comunidade ou quer ajudar alguém próximo, saiba que não está sozinho(a). A BurnUp está aqui para ser um espaço de cuidado, acolhimento e transformação de dentro para fora.
Conte com a BurnUp
Com a BurnUp, você não está sozinho! Estamos ao seu lado para encontrar o bem-estar que vem de dentro pra fora. Conte conosco no dia a dia e, se precisar, busque ajuda!
Canais disponíveis pelo Ministério da Saúde ou Governo Federal:
- Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita) ou acesse o chat no cvv.org.br.
- CAPS e Unidades Básicas de Saúde mais perto da sua casa (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde).
- Se sentir que é urgente, procure a UPA 24H mais perto da sua casa ou chame o SAMU ligando 192 (ligação gratuita).
