Nos últimos anos, a importância de se promover a saúde mental nas empresas ganhou importância dentro das organizações e com razão. Cada vez mais, compreende-se que o bem-estar emocional dos colaboradores impacta diretamente na produtividade, na qualidade das relações de trabalho e no sucesso das empresas. Isto é, a promoção da saúde mental não é mais uma ação opcional, voltada apenas ao bem-estar individual; ela é uma estratégia organizacional essencial, que, por sua vez, influencia a cultura, os resultados e até mesmo o cumprimento das exigências legais.
Neste post, vamos entender por que promover a saúde mental é um pilar fundamental para uma cultura positiva no ambiente de trabalho, o que são os riscos psicossociais e por que, com a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), cuidar da saúde mental nas empresas se tornou também uma obrigatoriedade legal.
Cultura organizacional e saúde mental

Uma empresa que promove a saúde mental de forma ativa e intencional constrói um ambiente de trabalho mais saudável, acolhedor e produtivo. Afinal, quando os colaboradores se sentem respeitados, valorizados e seguros emocionalmente, há maior engajamento, menos conflitos, menor rotatividade e uma redução significativa nos afastamentos por questões de saúde.
Afinal, cuidar da saúde mental também é uma forma de comunicar, na prática, os valores organizacionais. Por exemplo: empresas que oferecem, ações tais como: escuta, apoio psicológico, ações de bem-estar e gestão humanizada demonstram que o colaborador não é apenas um número, mas parte essencial do sistema.
Assim, unvestir em saúde mental não significa apenas oferecer palestras ou contratar profissionais para atendimento eventual. Trata-se de uma mudança cultural que envolve desde o estilo de liderança até políticas internas de apoio, comunicação clara, prevenção de assédio e gestão de cargas de trabalho equilibradas.
O que são os riscos psicossociais?

No contexto das organizações, os riscos psicossociais são fatores do ambiente de trabalho que podem impactar negativamente a saúde mental e o bem-estar emocional dos colaboradores. Eles incluem, por exemplo:
- Excesso de demandas e prazos irrealistas
- Falta de clareza nas tarefas ou papéis profissionais
- Assédio moral ou sexual
- Clima organizacional tóxico ou competitivo em excesso
- Falta de reconhecimento ou apoio da liderança
- Isolamento ou dificuldades nas relações interpessoais
- Falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Esses riscos, em geral, passam despercebidos porque são considerados parte da “normalidade” no ambiente corporativo. Todavia, quando negligenciados, podem gerar quadros de ansiedade, depressão, síndrome de burnout e outras consequências sérias, tanto para os indivíduos quanto para as organizações.
Por isso, o mapeamento dos riscos psicossociais é uma etapa fundamental na promoção da saúde mental. Identificar onde estão os pontos de tensão, as falhas na comunicação e os aspectos da cultura que favorecem o adoecimento é o primeiro passo para planejar intervenções eficazes e sustentáveis.
Saúde mental nas empresas: a NR-1 e a sua obrigatoriedade

Com a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que entra em vigor com novas diretrizes, o cenário regulatório muda: agora, a promoção da saúde mental no trabalho não é apenas recomendável, mas obrigatória.
Em outras palavras, a NR-1 estabelece as disposições gerais sobre saúde e segurança no trabalho e exige que as empresas adotem o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), dentro do qual se insere o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso significa que as organizações devem identificar, avaliar e controlar todos os tipos de riscos ocupacionais, incluindo os psicossociais.
Dessa maneira, com essa exigência, as empresas passam a ter, acima de tudo, responsabilidade legal sobre os impactos do ambiente de trabalho na saúde mental dos colaboradores. Ignorar ou minimizar os riscos emocionais e subjetivos pode resultar em penalidades, ações trabalhistas e até mesmo danos à imagem institucional.
Afinal, mais do que estar conforme com uma norma, seguir a NR-1 é uma forma de garantir ambientes de trabalho mais justos, éticos e protetores. Uma vez conforme, a empresa não apenas reduz passivos jurídicos, como também fortalece sua marca empregadora e aumenta o engajamento das equipes.
No nosso post “Mudanças na NR-1: empresas terão que proteger a saúde mental dos colaboradores”, falamos mais sobre o tema. Leia aqui!
Caminhos para promover a saúde mental nas empresas

Promover a saúde mental requer uma abordagem ampla, contínua e adaptada à realidade de cada organização. Algumas ações fundamentais incluem, por exemplo:
- Realizar diagnósticos organizacionais e mapeamento de riscos psicossociais
- Oferecer apoio psicológico, como escuta ativa, canais de acolhimento e encaminhamento especializado
- Estimular uma liderança empática e treinada para lidar com questões emocionais
- Criar políticas de prevenção ao assédio e à discriminação
- Promover ações de educação em saúde mental e bem-estar
- Garantir espaços de diálogo, feedbacks construtivos e reconhecimento profissional
- Incentivar o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, com políticas flexíveis sempre que possível
Inegavelmente, promover a saúde mental nas empresas não é uma tendência passageira, mas uma necessidade urgente e estratégica.
Ao investir em práticas que valorizem o bem-estar emocional, as organizações constroem ambientes mais produtivos, humanos e sustentáveis e, com as exigências da NR-1, isso também se torna um dever legal.
Ignorar os riscos psicossociais significa colocar em jogo não apenas a saúde dos colaboradores, mas também a reputação, a produtividade e a responsabilidade jurídica da empresa.
Por sua vez, quando o cuidado com a saúde mental é parte da cultura organizacional, os benefícios são sentidos em todos os níveis, tais como: mais qualidade de vida, mais engajamento e mais resultados.
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- Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita) ou acesse o chat no cvv.org.br.
- CAPS e Unidades Básicas de Saúde mais perto da sua casa (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde);
- Se sentir que é urgente, procure a UPA 24H mais perto da sua casa ou chame o SAMU ligando 192 (ligação gratuita).
