Programa de saúde mental nas empresas: estratégias para engajar sua equipe

Foto de quatro colaboradores de idades, gêneros e etnias diferentes em um escritório amplo e moderno de uma empresa, colocando em prática exercícios propostos por programas de saúde mental.

A implementação de programas de saúde mental nas empresas passou a ser uma prioridade estratégica no ambiente corporativo. 

Com o aumento de casos de burnout, ansiedade e depressão entre profissionais, criar um ambiente emocionalmente saudável tornou-se essencial para engajar equipes e fortalecer a produtividade através do bem-estar corporativo.

Além disso, essa iniciativa contribui para o aumento da inovação, melhora o clima organizacional, atrai e retém talentos, reduz custos com saúde e fortalece a imagem da empresa.

A discussão sobre bem-estar emocional em ambientes corporativos deixou de ser um tabu e dados provam que colaboradores com boa saúde mental tendem a faltar menos e a ser mais produtivos quando presentes.

Continue lendo para descobrir os benefícios da implementação de programas de saúde mental em sua empresa e quais estratégias adotar para aumentar o engajamento das equipes.

Boa leitura!

Por que investir em programas de saúde mental nas empresas?

Em 2024, o Brasil registrou mais de 472 mil afastamentos por transtornos mentais, um recorde que representa um dos maiores aumentos a nível mundial

A má gestão de equipes pode gerar o adoecimento e sofrimento dos colaboradores. Entre os fatores que mais contribuem para essa situação, destacam-se a competição em métodos de avaliação, a falta de escuta, os estilos de liderança autoritários e a carência de reconhecimento.

O investimento em saúde mental é uma decisão estratégica com alto retorno financeiro. Segundo a OMS, cada US$ 1 aplicado em suporte e tratamento gera US$ 4 em retorno de produtividade. 

Por outro lado, o custo da inação é enorme: é estimado que os afastamentos por saúde mental geraram um prejuízo de R$ 3 bilhões só em 2024, segundo apuração do G1; sem contar os custos indiretos de substituição, retrabalho e presenteísmo.

Custos visíveis e invisíveis

A falta de programas de saúde mental em empresas pode gerar custos visíveis e invisíveis através de algumas condições, como podemos entender melhor a seguir:

  • O absenteísmo é algo rastreável e perceptível, como atrasos, faltas ou saídas antecipadas com ou sem justificativa.
  • O presenteísmo é mais complexo e silencioso: ele ocorre quando o colaborador está fisicamente no ambiente de trabalho, mas sua produtividade está comprometida por questões relacionadas à sua saúde mental, como estresse ou esgotamento.
  • O turnover é usado para determinar a taxa de rotatividade em uma empresa, ou seja, mede o fluxo de entrada e saída de colaboradores em um determinado período.

O impacto destes custos é alarmante: o absenteísmo causa prejuízos significativos à produtividade, sobrecarga de trabalho, desgaste de equipes e deterioração do clima organizacional

Já o presenteísmo mostra que colaboradores fisicamente presentes, mas mentalmente ausentes resultam em erros, aumento do estresse e aumento na rotatividade, gerando assim um turnover alto, o que gera custos elevados, perda de produtividade, danos à cultura e reputação da empresa

A criação de um ambiente com suporte e segurança psicológica é a chave para transformar essa perda invisível em performance sustentável.

A importância de reter talentos

Os talentos de hoje em dia, especialmente a geração Z e millennial, valorizam a saúde e bem-estar tanto quanto os salários e benefícios que a sua empresa pode oferecer: eles buscam uma cultura que priorize o equilíbrio e a saúde mental

Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Reconnect Happiness at Work e Pin People, cerca de 66% dos profissionais brasileiros prefere ter mais saúde mental e bem-estar no trabalho a um salário maior.

Investir em programas de bem-estar (como terapia corporativa, programas de mindfulness ou políticas flexíveis) funciona como um poderoso ímã, elevando o Employer Branding da empresa, além de ser um fator decisivo na contratação.

Foto de uma líder sorridente em um ambiente de escritório seguro, representando a valorização e respeito aos colaboradores.

Ambientes psicologicamente seguros e líderes treinados reduzem o sofrimento, aumentam a lealdade e diminuem o turnover, segundo apurado pela pesquisa da Gallup. 

Dessa maneira, a segurança psicológica traz um senso ao colaborador de que está tudo bem em ser vulnerável e cometer erros sem ser punido ou humilhado, fazendo com que ele se sinta valorizado e respeitado, não só como profissional, mas também como pessoa.

Com isso, a forma com que a empresa trata seus colaboradores se reflete em sua reputação pública e mostra o seu compromisso genuíno com os valores humanos. 

Em um cenário cada vez mais transparente, colaboradores emocionalmente saudáveis são mais criativos, colaborativos e engajados, o que agrega à maneira como a empresa é vista por seus stakeholders e clientes.

Do bem-estar ao desempenho

Um cérebro saudável é o principal fator para produtividade e inovação. Segundo um estudo realizado na Universidade de Warwick, no Reino Unido, funcionários felizes podem ser até três vezes mais criativos, focados e eficientes.

Assim, programas de saúde mental nas empresas podem ajudar a transformar o bem-estar em desempenho, conforme os pontos a seguir:

  • Aumento da clareza mental: redução do estresse que permite decisões estratégicas e racionais.
  • Impulso à inovação: criação de um ambiente seguro onde a criatividade floresce sem medo de falha.
  • Melhor colaboração: desenvolvimento da inteligência emocional que minimiza conflitos e aprimora o trabalho em equipe.
  • Produtividade sustentável: foco na performance de longo prazo, evitando o esgotamento (burnout).

Desafios para engajar colaboradores

Mesmo com colaboradores cada vez mais interessados em cuidar da sua saúde mental no âmbito corporativo, muitas empresas ainda enfrentam barreiras como:

  • falta de conhecimento sobre os benefícios reais;
  • estigma associados à busca por apoio psicológico;
  • desconfiança em relação à confidencialidade das informações.
Foto de uma colaboradora isolada em um escritório, ilustrando o estigma, a desconfiança e o medo de buscar ajuda nos programas de saúde mental.

Apesar do interesse crescente, infelizmente, os pontos acima estão enraizados na cultura corporativa, o que leva à baixa adesão dos colaboradores a estes programas. 

Essas barreiras não são exclusivas de sua empresa e é fundamental entender que é preciso romper o ciclo histórico de que o bem-estar mental “não é uma responsabilidade empresarial” e passar a tratá-lo como prioridade

Diante dessas exigências legais, é importante que as empresas levem em consideração a nova redação da NR-1 e as possíveis punições que podem ser aplicadas com o seu não cumprimento.

Esses desafios podem se intensificar em momentos de instabilidade e é importante saber como cuidar da saúde mental dos colaboradores em tempos de crise.

Por isso, a falta de engajamento não é culpa exclusiva do colaborador, mas um sinal de que estratégias de implementação e comunicação precisam de uma abordagem mais intencional e adaptada. 

A boa notícia é que você pode transformar a cultura da sua empresa com ações focadas em segurança psicológica, liderança empática e comunicação eficaz. A seguir, vamos entender quais são as melhores estratégias para transformar esse desafio em adesão.

Estratégias para aumentar o engajamento

Portanto, oferecer benefícios não é o suficiente: é necessário planejar para que a taxa de engajamento do programa de saúde mental seja um sucesso! 

Com os obstáculos mapeados, fica claro que a solução é uma abordagem que vá além de simples divulgações. 

Diante dessas barreiras, a forma mais eficaz é focar na transformação da cultura, capacitar a liderança para uma escuta ativa e cultivar a segurança psicológica de seus colaboradores. 

A partir dessas iniciativas, a empresa não só aumenta a adesão, mas também demonstra um compromisso genuíno com o bem-estar de seus colaboradores. 

Para colocar isso em prática, vamos entender melhor quais estratégias podem ser aplicadas:

Comunicação clara e empática: divulgue o programa com linguagem acessível e acolhedora, reforçando que saúde mental é prioridade.

Liderança como exemplo: quando líderes participam e apoiam as iniciativas, os colaboradores se sentem mais seguros para aderir.

Ações práticas e contínuas: ofereça rodas de conversa, sessões de mindfulness, apoio psicológico e campanhas internas regulares.

Feedback e escuta ativa: crie canais para ouvir os colaboradores e adaptar o programa às suas necessidades reais.

Integração com a cultura organizacional: a saúde mental deve estar alinhada aos valores da empresa e ser parte do dia a dia.

🟠Leia mais: Como promover o bem-estar emocional dos colaboradores

Em resumo, o sucesso do engajamento está na ação consistente e na autenticidade da aplicação destas estratégias. 

Ao desenvolver o programa e como o benefício chegará aos colaboradores, é preciso entender como ele ressoa com o cotidiano e valores da sua equipe e a sua eficácia depende de como ela se encaixa no seu ambiente corporativo, desde o treinamento de líderes até a forma como o programa é comunicado e divulgado. 

Com isso em mente, qual é o caminho para personalizar o programa para que ele se harmonize com a cultura da sua empresa?

Como adaptar o programa à cultura da empresa

Cada organização tem sua própria dinâmica, valores e perfil de colaboradores. Um programa de saúde mental nas empresas precisa refletir essa identidade.

Mapeie as necessidades reais da equipe

Use pesquisas internas como os testes da BurnUp, grupos focais ou conversas informais para entender os principais desafios emocionais.

Respeite o estilo de comunicação da empresa

Se a cultura é mais informal, evite campanhas excessivamente institucionais. Se é mais tradicional, mantenha uma abordagem profissional.

Integre o programa às rotinas existentes

Evite criar ações isoladas. Inclua práticas de saúde mental em reuniões, treinamentos e eventos internos.

Considere a diversidade da equipe

Adapte o programa para diferentes faixas etárias, perfis culturais e níveis hierárquicos.

🟣Leia mais: O que é a avaliação de riscos psicossociais 

Como comunicar o programa de forma empática e eficaz

A forma como o programa é comunicado pode determinar sua adesão. Mais do que divulgar benefícios, é preciso criar uma narrativa acolhedora e acessível.

Para isso, é essencial seguir algumas diretrizes:

Use uma linguagem inclusiva e não técnica: evite termos clínicos ou burocráticos. Prefira expressões como “cuidado com o bem-estar” ou “espaço de escuta”.

Escolha canais que os colaboradores realmente usam: combine e-mail, intranet, reuniões e até grupos de WhatsApp para garantir alcance.

Destaque o apoio da liderança: quando gestores falam abertamente sobre o programa, isso reduz o estigma e aumenta a confiança.

Compartilhe histórias reais e depoimentos: mostrar que outros colaboradores já se beneficiaram do programa gera identificação e segurança.

Resumindo, a comunicação eficaz e empática é o que transforma a teoria de um benefício em um programa de saúde mental de sucesso. 

Nesse sentido, ao priorizar a transparência, a simplicidade e a escuta ativa na divulgação, a empresa não apenas informa, mas também traz a confiança necessária para vencer o estigma. 

Dessa forma, a comunicação é algo contínuo e não apenas para dar o pontapé inicial: ela é a chave para promover a longevidade do programa e firmar o compromisso dos líderes com o bem-estar duradouro de suas equipes. 

O próximo passo: integrando o cuidado na cultura empresarial

Com isso, é possível perceber a melhora do clima organizacional, transformando o ambiente de trabalho em um espaço que valoriza o bem-estar, gerando maior satisfação e engajamento entre os colaboradores, além de colocar em destaque a sua empresa no mercado.

Programas de saúde mental nas empresas vão muito além de um mero benefício: se bem aplicados e executados, seus colaboradores terão um senso de segurança psicológica e lealdade à sua empresa, o que impacta diretamente na produtividade, inovação e colaboração das equipes.

Para transformar a cultura corporativa e colocar em prática essa visão integrada, sua organização pode contar com a BurnUp, um ecossistema de bem-estar emocional e mental gratuito. 

A plataforma oferece testes de saúde mental para seus colaboradores e entrega um dashboard intuitivo e gratuito, com resultados apresentados de forma global e segmentada por área. 

Com essa visão estruturada, você passa a enxergar os fatores que impactam diretamente o desempenho humano e organizacional, facilitando a priorização de ações preventivas e corretivas com base em dados. 

Quer transformar a cultura da sua empresa? 

Fale com a BurnUp agora e comece sua jornada de bem-estar corporativo!