Seu negócio está correndo risco regulatório ou está em conformidade com a legislação trabalhista? Com as exigências e diretrizes da nova NR-1, os riscos psicossociais se tornaram prioridade na gestão de pessoas de todas as empresas.
Neste artigo, você vai entender a fundo o que eles são, quais as exigências legais, seus impactos negativos na eficiência das organizações e como prevenir e mitigar esses riscos relacionados à saúde mental no trabalho de forma estruturada.
Continue lendo para aprender a transformá-los em oportunidades concretas de valor, engajamento e conformidade!
O que são riscos psicossociais?
Riscos psicossociais são fatores organizacionais, relacionais e de condição de trabalho que podem afetar negativamente a saúde mental, emocional e social dos colaboradores — sendo a consequência dos maiores desafios de Saúde e Segurança no Trabalho (SST).
Eles se manifestam quando as exigências do trabalho ultrapassam os recursos, o tempo ou o suporte disponível para lidar com elas.
Alguns fatores psicossociais de risco previstos em lei incluem:
- assédio moral e sexual;
- sobrecarga de trabalho;
- metas abusivas/inalcançáveis;
- insegurança no emprego;
- falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Apesar de serem invisíveis, são problemas absolutamente mapeáveis e mensuráveis.
Quando não tratados, geram impactos profundos na saúde mental dos trabalhadores e, consequentemente, prejuízos para sua empresa.
NR-1 e riscos psicossociais: o que muda em 2026
A partir do dia 25 de maio de 2026, o Ministério do Trabalho passará a exigir oficialmente que todas as empresas incluam a avaliação dos fatores psicossociais no seu Programa de Gerenciamento de Riscos (GRO), conforme previsto na NR-1.
A legislação define que é responsabilidade do empregador identificar, avaliar e controlar os riscos emocionais ocupacionais.
Isso inclui, principalmente:
- identificação do estado emocional global da empresa;
- elaboração de planos preventivos;
- implementação de medidas efetivas de proteção à saúde mental.
Organizações que ignorarem as diretrizes legais podem ser autuadas, sofrer penalizações e comprometer sua reputação perante órgãos reguladores, colaboradores e mercado.
🟣 Saiba mais sobre as mudanças na NR-1!
Como integrar a avaliação de riscos psicossociais ao GRO
Como explicamos, a NR-1 exige que a avaliação dos riscos psicossociais seja incorporada ao Programa de Gerenciamento de Riscos com base em evidências.
Para fazê-lo, é necessário:
- elaborar um inventário de riscos psicossociais;
- estimar a exposição de grupos de trabalhadores;
- definir medidas de prevenção e controle com base nos dados;
- atualizar periodicamente o plano.
Desse modo, é possível proteger o capital humano, fortalecer a cultura organizacional e evitar multas trabalhistas.

Causas comuns de riscos psicossociais
Burnout, crises de ansiedade frequentes, falta de motivação e engajamento com as atividades — e demais problemas comumente enfrentados por trabalhadores — não surgem do nada.
Diversas práticas abusivas no ambiente corporativo podem contribuir para o surgimento de perigos psicossociais.
Entre as mais recorrentes estão:
- carga de trabalho excessiva;
- prazos irreais;
- ausência de reconhecimento ou feedback;
- relações interpessoais conflituosas;
- instabilidade empregatícia;
- falta de clareza nas responsabilidades;
- pressão por resultados inalcançáveis;
- falta de apoio da liderança;
- intolerância ao erro;
- falta de abertura para expressar opiniões;
- discriminação ou isolamento social;
- ambiente corporativo tóxico;
- falta de autonomia ou participação em decisões.
Essas condições insustentáveis propiciam o adoecimento mental e emocional, aumentando os riscos de depressão, por exemplo.
🟠 Só em 2017, um trabalhador com depressão chegava a perder, em média, 36 dias de trabalho por ano devido afastamentos e queda de desempenho, segundo a World Health Organization.
Consequências empresariais de negligenciar fatores psicossociais de risco
Ignorar os riscos psicossociais, mais do que um erro de gestão, tornou-se um erro estratégico com impacto direto na sustentabilidade e competitividade das empresas.
Especialmente porque custa caro em reputação e resultado financeiro.
Segundo as Diretrizes sobre Saúde Mental no Trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão e a ansiedade causam uma perda estimada de US$1 trilhão por ano em produtividade global.
Em um ambiente corporativo com leis cada vez mais exigentes, fatores como sobrecarga emocional, jornadas excessivas e falta de suporte psicológico têm gerado efeitos silenciosos nos colaboradores, mas gritantes nas organizações.
No Brasil, os reflexos se materializam em diversos indicadores críticos para as empresas:
- aumento do absenteísmo e do presenteísmo;
- redução significativa da produtividade por colaborador;
- elevação nos índices de turnover e rotatividade;
- clima organizacional desmotivador;
- riscos jurídicos e passivos trabalhistas crescentes;
- evasão de talentos para ambientes mais saudáveis emocionalmente.
Ou seja, tratar a saúde emocional como prioridade não é apenas um ato de humanidade, mas uma alavanca de performance e mitigação de riscos jurídicos.
🟠 Em tempos de conformidade com a NR-1 e employer branding, cuidar de pessoas é, acima de tudo, cuidar do negócio.

Por que prevenir é mais barato do que remediar
Enquanto a prevenção de riscos psicossociais gera bem-estar, produtividade e retenção, a omissão, como mostrado, custa caro.
Confira a tabela comparativa que montamos:
Situação | Postura preventiva | Postura omissa |
Turnover | Baixo | Alto |
Clima organizacional | Motivador | Desmotivador |
Riscos legais | Reduzidos | Elevados |
Reputação | Positiva | Negativa |
Engajamento | Alto | Baixo |
Fica claro que mapear e mitigar os riscos emocionais ocupacionais melhoram seus resultados de forma tangível.
Como mitigar riscos psicossociais de forma efetiva na sua empresa
Após a contextualização, siga o passo a passo abaixo para prevenir seu negócio das penalizações da NR-1:
1) Identifique a situação atual da sua empresa
- Aplique testes de saúde mental para colaboradores.
- Analise os resultados de maneira global e por setor.
- Colha feedback do máximo de trabalhadores possível.
Adotar testes e questionários psicológicos ajuda a obter um panorama do estado emocional dos trabalhadores para tomar ações de melhoria assertivas.
2) Revise a estrutura de trabalho
- Avalie e ajuste as metas empresariais para que sejam realistas e alcançáveis.
- Reorganize a carga horária e alocação de tarefas para evitar sobrecarga.
- Defina papéis e responsabilidades com clareza dentro dos times.
Ambientes desorganizados geram ansiedade, esgotamento e falhas de comunicação.
3) Fortaleça sua cultura organizacional
- Treine líderes para identificar sinais de estresse e agir com empatia.
- Estimule feedbacks contínuos, respeitosos e construtivos.
- Implemente políticas ativas contra assédio moral e condutas tóxicas.
Uma cultura corporativa saudável começa com lideranças bem preparadas e relações baseadas no respeito.
4) Ofereça apoio emocional aos colaboradores
- Crie canais de escuta ativa e acolhimento emocional.
- Ofereça apoio psicológico profissional (interno ou por meio de parceiros).
- Estabeleça programas regulares de bem-estar emocional e saúde mental.
Colaboradores emocionalmente seguros são mais produtivos, motivados, engajados em seus cargos e permanecem mais tempo na empresa.
5) Aplique boas práticas de prevenção contínua
- Implemente pausas planejadas para descanso mental durante o expediente.
- Estimule o autocuidado por meio de conteúdos educativos e práticas como mindfulness ou ginástica laboral.
- Reforce o salário emocional por meio do reconhecimento e outros benefícios não financeiros.
A combinação entre flexibilidade, reconhecimento e preocupação com o bem-estar trabalhista torna seu negócio mais sustentável a longo prazo.
🟠 Empresas que investem no bem-estar corporativo de forma contínua criam um ciclo virtuoso de alto desempenho e diminuem passivos trabalhistas.

Benefícios da gestão eficiente de riscos psicossociais
Alguns ganhos tangíveis que o seu negócio obtém incluem:
- mais consistência operacional e previsibilidade na entrega;
- projetos concluídos com maior qualidade e agilidade;
- redução de conflitos internos e aumento da inovação em equipe;
- economia direta com litígios e multas jurídicas;
- mais facilidade para atrair e reter talentos.
Portanto, é possível concluir que empresas que gerenciam riscos psicossociais conseguem criar uma vantagem competitiva, com maior retorno sobre as pessoas.
Como manter a conformidade com a NR-1?
Para mitigar riscos emocionais ocupacionais com eficiência, é preciso transformar a saúde mental dos seus colaboradores em dados mensuráveis.
A BurnUp (ecossistema de bem-estar emocional), por exemplo, oferece um dashboard gratuito — atualizado continuamente — que serve como farol do estado emocional da sua equipe, permitindo identificar áreas que precisam de intervenção urgente.
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