O fim de ano é uma época tradicionalmente associada à celebração, alegria e união familiar. No entanto, nem todos compactuam dessa euforia. Para algumas pessoas, esse período pode trazer uma sensação de melancolia, ansiedade e angústia. Para essa condição, popularmente, nos referimos como “Dezembrite” ou “depressão de fim de ano”.
A Dezembrite pode afetar significativamente o bem-estar emocional, causando uma espécie de “tristeza sazonal”.
O que é a Dezembrite?
Apesar de não ser um diagnóstico médico formal, a Dezembrite é uma situação emocional que envolve tristeza e angústia durante a época do fim de ano.
Vários estudos revelam que o período das festas pode intensificar sintomas de depressão e ansiedade. Segundo uma pesquisa da Associação Americana de Psicologia (APA), até 38% das pessoas relatam aumento de estresse nessa época do ano, principalmente por pressões sociais e financeiras, cobranças familiares e pela revisão do que foi alcançado ou não durante o ano.
Além disso, a Dezembrite é frequentemente comparada ao Transtorno Afetivo Sazonal (TAS), um tipo de depressão que ocorre em determinadas épocas do ano, geralmente no inverno, quando há menos luz solar.
No Brasil, o fim do ano coincide com o verão, entretanto a pressão social e a luta interna entre a celebração e o sentimento interno de angústia podem gerar uma situação semelhante ao quadro. É normal, no fim de ano, as pessoas repensarem como foram os últimos 12 meses e as metas para o próximo período. Todavia, é importante estar atento quando esses sentimentos se tornam mais intensos e recorrentes, além de associados a sentimentos negativos.
6 sintomas comuns da Dezembrite – a depressão de fim de ano
Listamos, a seguir, alguns sintomas comuns da Dezembrite:
- Tristeza e melancolia persistentes;
- Aumento de irritabilidade e estresse;
- Diminuição de energia e falta de motivação/prazer para as atividades diárias;
- Sentimento de isolamento ou solidão;
- Dificuldade de cognitiva (atenção e memória);
- Pensamentos de arrependimento e frustração em relação às metas do ano.
Esses sintomas podem ser agravados pela percepção de que a sociedade espera felicidade e celebração durante o fim de ano, o que aumenta a pressão sobre quem está emocionalmente fragilizado.
Quando procurar ajuda para a depressão de fim de ano?
Sentir-se sobrecarregado e estressado no fim de ano não é incomum, mas é importante reconhecer quando a tristeza se torna persistente e incapacitante. Se esses sentimentos estão interferindo no cotidiano, nas relações ou causando sofrimento intenso, pode ser o momento de procurar ajuda profissional.
Profissionais da saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, podem ajudar a identificar as causas subjacentes da Dezembrite e oferecer suporte com estratégias terapêuticas, como a psicoterapia e, em alguns casos, o uso de medicação. Vale ressaltar que a busca por ajuda é um sinal de força e autocuidado, não um sinal de fraqueza.
5 Dicas para enfrentar o fim de ano com mais leveza mental
Listamos algumas dicas para que você tenha mais leveza mental nessa época do ano:
- Reconheça seus sentimentos: permita-se sentir tristeza e não se julgue por isso. Aceitar as próprias emoções é o primeiro passo para lidar com elas.
- Pratique o autocuidado: descanse, alimente-se bem e mantenha uma rotina de sono saudável. Exercícios físicos e atividades que você gosta podem ajudar a elevar o humor.
- Estabeleça limites: muitas vezes, o estresse no fim de ano está ligado a compromissos excessivos. Não hesite em dizer “não” quando necessário e priorize atividades que realmente lhe tragam bem-estar.
- Valorize as pequenas conquistas: ao invés de focar no que você não alcançou, reflita sobre as pequenas conquistas do ano.
- Priorize momentos de descanso: mesmo em meio às festividades, reserve tempo para descansar e realizar atividades que promovam a tranquilidade.
Como você pode ver, a Dezembrite é um fenômeno comum e compreensível, considerando as pressões e expectativas associadas ao fim de ano. Saber reconhecer seus próprios limites, se autoconhecer e buscar ajuda quando necessário são passos fundamentais para manter o equilíbrio emocional. Cultivar o autocuidado e desenvolver uma rede de apoio são atitudes importantes para encarar o fim de ano com mais leveza e bem-estar.
Cuidar da sua saúde mental e emocional é tão importante quanto cuidar do seu corpo. Faça um teste preventivo, conheça mais sobre você e comece a tomar decisões que promovam seu bem-estar emocional.
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Canais disponíveis pelo Ministério da Saúde ou Governo Federal:
- Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita) ou acesse o chat no cvv.org.br.
- CAPS e Unidades Básicas de Saúde mais perto da sua casa (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde).
- Se sentir que é urgente, procure a UPA 24H mais perto da sua casa ou chame o SAMU ligando 192 (ligação gratuita).